terça-feira, 28 de outubro de 2014

Sensibilidade

Há poucos dias comentei com um amigo sobre os pensamentos livres, sua necessidade, importância e a falta deles.
Fui pego de surpresa, talvez por estar distante, quando no sábado pela manhã uma cena proporcionou um borbulhão de sentimentos.
Não precisei o número de pessoas, tampouco o projeto final, bastou-me o envolvimento dos presentes, o Mutirão!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Para Uruguai


Viagem longa, muito esperada

amigos voam, amigos pousam

mal param em pé pelo busão


Desde o início já está traçada

Ah! Son brasileños, que confusão

uma falazada, muita risada

entender que é bom, só no empurrão


e na carteira uma dinheirada

40 pesos que tanto vale?

duas passagens até La Plaza

com os pés no chão Independencia


De um lado antiga torre

do outro um cavalón

quanta surpresa!

encontro aqui, um campeão


Xadrez vermelho pelo telão

chegou aqui para buscar

la classificación!


Se alguém divide, lhe multiplica

o que é gratuito de coração

são bons desejos de pensamento

que tenha uma boa apresentação


És Chile, és Che

És um Lagarto e um Leão

boa amizade, vou recordá-le

que seja um dia de integracão


Pelas calles se lhe percebe

e os cartazes pela parede

de certo há participação


O que me falta nas conferências

ou nos conselhos e audiências

eu bem entendo o que é mais preciso

se chama ação


Há quem concorde, há quem duvide

que é pelos pobres, os camponeses

a administração, mas vou dizer

uma só dica, é presidente

não faltam palmas nas nossas mãos


Aqui encerro, ou continuo

tem mais dois dias

sorrisos faz no Uruguai

um brasileño

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Que mais posso querer?

Se de cedo ouço a voz e reconheço
é uma avó, a outra em pensamento

Uma mensagem de carinho
um bom dia que vem vindo

Uma pausa


Reflexão


Já bem nutrido, o coração
sigo adiante, outro chamado
com lindos risos
uma canção

Palavra doce que me encanta
convite feito
demora um tempo, mas é aceito
sorri no interior

De manhãzinha à tardinha
dos mais antigos aos mais recentes
festejam comigo, todos amigos
todos Presentes

Com sereno sabor penso na vida
mas que presente, que sinal de amor!

É dez, é 10!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

!Belém!

Praia de Caripi, água doce, São Francisco perto de Belém-PA
!Belém!
A oportunidade vem, às vezes fica outras vezes vai
De peito aberto, olhar sincero, reconhece-se o respeito
O horizonte feito, possibilidades mil, cada escolha, cada evento
Um novo trecho, novo início e outro fim

Calçados ao chão, o pé descalço entre a água e areia
Mergulho (in)certo na imensidão
Alma lavada, sonhos em pauta e uma união

Pará, o Norte, veio o Sudeste, sabor de queijo no coração
Boas lembranças de uma vivência
Uma aventura sem teto e chão

Guardo no peito, recordação!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um brinde à gratuidade!

Hoje li algumas páginas que me inspiraram, até então não havia reparado na grandeza da “gratuidade”.
Já pensou? Algo que é gratuito ter tanto valor. Isso pode dar um nó em muitos pensamentos mas vamos desembaraçando...
Por mais que algumas colocações possam parecer obrigações ou papéis de seus atores, há gratuidade e de fato aí está o seu valor.
Havia me esquecido o tanto que isso é bom, faz bem.
Quando pensamos em um bom amigo, o que o diferencia de amizades oportunistas? De certa forma, tudo o que pensamos remete à gratuidade de suas ações, não é uma relação de esperar em troca. O amigo oferece gratuitamente seu tempo, seus ouvidos e atenção e carinho em uma conversa. Oferece suas capacidades ao tentar encontrar soluções para as situações que o apresentamos. Oferece sua alegria e presença em nossa vida.
Ao pensar na família, os pais, avós, oferecem a preparação do alimento, com carinho aos filhos, netos, isso é gratuito, é amor. Oferece a moradia, compartilha o espaço é o abrigo.
Já pensou em quão gratuito é o amor de mãe? Depois que o filho nasce acabam-se as garantias de controle, de que o filho estará sempre ali, juntinho dela, e o que ela faz é cuidar ainda mais, com amor, é gratuito.
E a natureza, ainda bem, é gratuita, permite ver, sentir, admirar, relaciona-se com a gente, toda a gente. Embora eu reconheça a apropriação privada e comercializada de muitos espaços naturais.
É preciso mais gratuidade na vida, doar-se mais é ser livre, é ser feliz!

Quantas vezes? Tantas vezes!

Inúmeras vezes me peguei perdido, com a sensação de que as coisas não andavam como deveriam, o meu desempenho nas atividades estava baixo,
Então começava a pensar nas culpas,
Culpava o ambiente de trabalho,
Culpava o movimento da minha casa,
Culpava o excesso de atividades,
A falta de tempo,
Os obstáculos apresentados pela universidade,
O excesso de burocracia,
A falta de empenho dos demais,
A desorganização das informações,
Inventava umas 10 culpas,
Mas ao pensar que se estas coisas se resolvessem o meu desempenho seria diferente. Concluí que não.
Atribuí a fatores externos, que de alguma forma podem interferir, a causa de minha insatisfação comigo mesmo.
Ora, está claro que o negócio é comigo, então a solução também, pode mudar o mundo lá fora, se eu não mudar não me encontrarei tranqüilo, em paz, consciente de meus atos e minha importância para minha felicidade e sucesso.
Apesar de sempre ouvir, demorei a descobrir, enfim, estou aqui, ainda é tempo!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tucanos in Florianópolis

It was a nice suggest, how did you know how great it would be, a beautiful day, i'm wasn't alone, the ocean, sky, wind and animals were my company.
The ocean was kidding with me, like a good dog when it's owner had just arrived home, jumping on him and embracing him so hard, almost getting him down on the floor.
And waht can we say about that couple of yellow butterflies, that were having a fly dating, a fly dance.
Do you remember the small crab? I was aware, if not i could have stepped on him, but i stopped, observed and it observed me back. I called a guy to see that too, he smiled and prepared to take a picture, but some things we just have to save as a memory, so when the guy was ready to get the photo the ocean came.
And this history is a part of the all.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quão simples são

Caminhando em busca da beleza
vi o céu, a água, senti o vento e o calor
mas para reconhecê-la
eu não estava pronto
depois encontrei-a mas isso é outra estória
prefiro contar quão simples são
se na ida estava desiludido
durante a volta foi um cão quem me ensinou
sentado em cima do muro
admirava
leve, calmo, atento
era o sol a se por
por trás dos morros, no horizonte

Floripa

terça-feira, 8 de março de 2011

Infinito Respeito!

Como não dizer que amo as mulheres? E se não são incontáveis as mulheres que amo, a conta também não simples fica.
Espero que nenhum conceito prévio e tolo me julgue por estas frases e os impeça de concluir esta leitura.
Hoje venho escrever pelas mulheres, inspiração constante em minha vida, embora eu não ache que mereçam 1 dia internacional.
Voltando às que eu amo, quantos papéis exercem e com quanto carinho!
A primeira com quem estive hoje, em conversa, mulher forte, mulher bela, não se cansa dessa vida de amor e ama incansavelmente cada momento da vida, em seus múltiplos papéis: Esposa, viúva, mãe, avó, sogra, tia, madrinha, educadora e inspiração!
A 2ª com quem estive hoje, também em conversa, se faz no cuidado, carinho, no amor, no humor, na arte musicada e expressa em telas.
As próximas três possuem de mim uma admiração especial, são mães, amigas, amor: de mãe, de irmã e de amor! São também mais: são trabalho, os valores, os exemplos, oque fazem, oque pensam.
Ah! essas mulheres que em um pensamento me explodem de sentimentos bons, de vida, de esperança, de desejo e de vontade de aprender com cada qual suas especiais especialidades. Vontade de perto estar e abraçar e peço a Deus para a elas abençoar!
São tantas as mulheres que amo e ainda sobre elas não escrevi, mas por hoje me limito a estas primeiras, no entanto, a todas as mulheres, as que amo e as que nem conheço, fica meu apreço, meu desejo por enxergarem seu próprio valor, qualidades e vocação pro amor, seja ele como e a quem for.
8 de março, já colocaram este número deitado? "oo" é o símbolo de infinito, talvez expresse o tamanho da luta daquelas e tantas mulheres pelo reconhecimento, digno tratamento, talvez também expresse o seu potencial, por que não seu incondicional, por muitos, amor!?! E possivelmente expresse o limite do respeito que nós homens devemos a vocês: infinito respeito!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pra onde caminha a humanidade ...

Diante da poluição na cidade,
não é que foi uma pichação
em um tapume de construção inacabada
que me relembrou a arte!?!

A arte da percepção e sensibilidade
representou uma situação que
muitas vezes (10) conhecemos

" Tio, me vê um sonho?"

Pra onde caminha a humanidade ...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

E hoje, minha infância

E hoje já virei o mundo e não vejo algo tão grande como o pé de manga da minha infância

domingo, 15 de agosto de 2010

Sonho, logo existo!



Existem inúmeras pesquisas científicas que estudam os sonhos das pessoas à noite, alguns estudos, talvez não tão científicos, falam sobre os significados dos sonhos, muita gente até associa com o jogo do bicho (rsrs), mas não é sobre esse sonho que quero falar.
Quero aquele sonho, que se sonha bonito, acordado, às vezes dormindo, que se sonha juntinho!
Esses dias pra trás me peguei sonhando e há algum tempo o termo “sonho” me chama a atenção, nem sei bem explicar como, mas acredito que o ato de sonhar, pensando o prá frente, o que quero fazer, o que gosto de fazer, o que pretendo ser como pessoa, com as pessoas, faz com que as pessoas se inspirem, organizem, movimentem e vivam o sonho sonhado ou algo que talvez não tão exato, mas ainda sim resultado de um sonho que foi construído.
Quero aquele sonho que se sonha juntinho, dormindo, às vezes acordado, que se sonha bonito!
Este ato de sonhar está muito ligado à esperança, é, vejo o sonho como uma centelha de esperança que surge em meio à escuridão que possa estar vivendo. Vejo também o sonho como objetivo, algo que se quer alcançar e que se bem pensado terá os bons frutos de um sonho vivido. Como diz um amigo meu “o negócio é disciplina” e se para o sonho esta frase faz sentido, para a vida mais ainda, é na vida e vivendo que se transforma o sonho da cabeça em algo real, que vale a pena ser vivido, mesmo eu tendo dito “que se sonha bonito” é preciso esforço, trabalho, disciplina, e assim o sonho ganha mais valor a cada dia.
Quero aquele sonho que se sonha acordado, dormindo, às vezes bonito, mas sempre juntinho!
Pensando no coletivo me veio a lembrança de algumas conversas com adolescentes e algumas diretoras e professoras, que são filhos e pais e mães em outra instância, retomando, descobrimos nestas conversas que há certa ligação entre comportamentos tristes que vemos nas escolas diante do que poderia ser o espaço da escola. Digo triste por que vemos comportamentos de professores que perderam a esperança e alguns alunos que às vezes nunca a tiveram, não quero colocar aqui a culpa em alguém, pretendo mais dividir entre todos a responsabilidade pela e para uma mudança, não só da escola mas da sociedade, ainda não proponho um sonho, proponho que comecemos a sonhar, um sonho coletivo!
Estendi o texto mais do que a princípio pensei, três linhas, mas vamos lá, se tiver muito chato tira um cochilinho e comece a sonhar (rsrs). A partir da experiência que comentei, passei a compartilhar de um sentimento que Rubem Alves expressou em um texto, justamente o sonho coletivo para iniciar uma transformação na vida, na política, como é importante sonhar junto, construir junto.
Se no início disse que uns dias atrás me peguei sonhando e daí essas coisas escrevi, hoje continuo sonhando, vejo o sonho possível!
Um capítulo à parte sobre sonhos: partilhei e construí um sonho hoje, que se sonha juntinho, bonito, acordado, dormindo!
Se ontem escrevi por inquietação, angústia, hoje escrevo por amor!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ser ou não ser, esse é o jogo

Você já se pegou pensando em situações vividas em que tomou uma atitude em decorrência de pensamentos, conceitos, expectativas de conduta consideradas adequadas pelos outros e não propriamente a sua?

Muitas vezes outras pessoas, inclusive com boas intenções, querem que seja alguém, aja de determinada forma, enxergue e pense por certo ponto de vista, até nos ensinam com este tendencionismo.

A presença destes fatores é forte e declaro que inúmeras vezes agi de acordo com as expectativas de terceiros e em algumas destas ocasiões, hoje eu percebo, que me disseram “bom garoto” como quem bate acariciosamente no dorso do cão que fez algo que fosse desejado.

Está bem, mas quando é que se busca a realização pessoal, o autoconhecimento, pensa-se crítica e verdadeiramente de acordo com o que lhe parece certo, bom, legal, a partir da sua experiência de vida, suas próprias visões da relação entre as pessoas, dos estudos, trabalhos e de mundo?

Em algumas recentes conversas, vários pontos e exemplos citados tinham relação com este assunto, mas a ideia e vontade de escrever sobre veio hoje e com a seguinte frase:

“O ônus de viver quem não sou é pior que os riscos de viver quem sou.”

Os valores transmitidos, as condutas ensinadas provavelmente são boas e seguí-las pode sim ser um caminho para a sua felicidade, acredito que somente quando forem incorporadas criticamente por você e assim serem suas convicções, proposta de vida, suas e não mais de quem lhe passou. Caso contrário creio até que encontrará um caminho seguro para o afago, similar ao cão e seu dono, entretanto sempre terá algo que lhe incomodando aí dentro, e não falo de azia, falo do ônus de fazer ser quem não é, alguém incompleto, inquieto.

Apesar de implicar em riscos de pré e pós julgamentos, de às vezes quebrar sim a cara, criar seus próprios entendimentos e personalidade lhe trará o sorriso ao acordar e abrir a janela, realizar suas atividades diárias e sentir a leveza de caminhar serenamente pela estrada da vida, da que você constrói.

domingo, 30 de maio de 2010

deZencontros


Esta palavra, em sua forma correta de ser escrita e em seu significado mais aparente, se fez presença recorrente na minha vida a partir deste ano, não que em anos anteriores não tenham ocorridos desencontros, mas ao retratá-los, tal termo não se destacava.

Curioso, ao ocorrerem os desencontros as primeiras reações eram os tradicionais olhares para o nada, o tombamento do pescoço “diagonal para baixo” e a expressão de “interrogações” na face. Mas o que vem depois?

...

Decepções

Reconciliações

Encontros ao acaso

Desencontros recorrentes

Os encontros desencontrados

Mais tempo para a família : - )

Risadas e estórias com os amigos

Auto-encontro após algumas reflexões

Uma “cuca fundida” – valeu Woddy Allen

...

Por último, embora eu não esteja procurando o limite que restringe, faça desta sua experiência (e aqui não estou desejando que aconteça com você) um momento de aprendizagem e que possa lembrar-se dos desencontros como hoje eu lembro, um esboço de sorriso nos lábios, certo saudosismo e imagens imaginadas do que poderia ser, não foi e o que foi em seu lugar.

É, também acho que o “fantástico mundo de Bob” é pouco pro que passa aqui...

terça-feira, 11 de maio de 2010

É Doutor, pirei...

É doutor, te digo sim porque estou aqui

Se é que quer saber a minha história

Eu pirei em todos sentimentos e sentidos

A velha nova estória da família e da vida


Não me preocupo com o que irá pensar

Foi o que vivi, faz parte de mim

Não preciso negar nem esconder

Ocorreu como conseqüências


Veio carregado de pressões

Vários os lados direções

De onde esperava o aconchego

Vieram as dores doentes


Não vejo como fraqueza

Nem preciso de que passem por isso

Para provar que também cairão

Isso não é vergonha é vida


Cheguei a um ponto de saturação

Mas isto tem seu lado bom

Me conheci e aprendi com os demais

Há pessoas importantes na vida


É doutor não me olhe como insano

Estes podem ser os considerados sãos

Não são os loucos a saber:

O impossível não existe?


Trato aqui de amizade

Sim também de família

Sim também de confiança

Trato aqui de amizade


Sabe quando diz:

Na lanterna dos afogados

A minha pilha havia esgotado

Mas acenderam a luz para mim


Se cria nesse momento

Um vínculo único

Pra vida inteira


Hoje saí daquela que tomou o meu tempo

Os resquícios permanecem mais como aprendizado

O vento sopra o barco eu toco

Vou atrás do que vale viver


Porque pelo o que não vale viver

Já decidi

Vou deixar pra depois

Depois que eu sair daqui!

Medo da Morte

Muito se houve das pessoas expressões semelhantes a este título, um temor sobre a morte, o desconhecido e o que pode vir com e após a morte.

Não há porque negar que pensei assim muitas vezes e por muitos anos, mas só comecei a construir uma outra relação com a evidência que é a morte a partir de uma conversa com uma amiga da minha irmã. Estávamos nós três no quarto conversando quando ela tocou no assunto, se referindo a pensamentos que teve em um exercício de se preparar para o momento em que os pais morreriam ou algum dos irmãos.

A princípio fiquei assustado e preocupado com ela, imaginando que ela estava meio doida e fiquei com um sentimento assim: “Poxa! Como é que ela fica pensando assim na morte dos pais, será que ela não gosta deles e fica esperando a morte deles?”. Mas com o prosseguir da conversa percebi que não era, nenhum destes, os interesses e preocupações dela, mais do que com a morte ela estava se preparando para a vida, tentando entendê-la e assim elaborar todo um sentido para sua própria vida.

De lá para cá muito tempo passou e aos poucos estou exercitando reflexões para entender a vida e a minha existência.

Esses dias eu cheguei a uma síntese, uma frase que de certa forma comunica o que hoje eu penso a respeito do medo da morte. Não nego que hoje vi e escutei algo semelhante mas só para retratar à pessoa que me mostrou tal mídia eu já estava com a seguinte frase na cabeça. Não que queira me mostrar como O Cara que já havia pensado isso, ainda mais porque não tem nada de especial que deve ser mantido como minha referência, não há Leitor esta preocupação minha.

Se não é nada de especial por quê escrever? Ah, no mínimo para eu ler algum dia e fazer uma “Auto-Subervsão” da síntese que um dia pensei. (Valeu Albert O. Hirschman por este livro e prática).

Antes que eu me esqueça: “Não vejo motivos para temer a morte, ao menos não antes de temer que durante a vida, esta oportunidade única de estar no mundo, eu tenha agido predominantemente em favor individual, para minha satisfação material, social, psicológica, em detrimento ao exercício coletivo, solidário, irmão não de um grupo ou elite mas sim irmão de quem mora e anda na rua, cuida da plantação, quem olha para o outro enxerga, sensibiliza e age para que ele tenha possibilidades de ser feliz e viver feliz (sendo que para esta felicidade às vezes ele precise de conselhos, direcionamentos, esclarecimentos, às vezes precisa de alimento, água, abrigo, amigo). Tenho medo é de que durante a vida eu não faça valer a pena o milagre da minha existência.”

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lar doce Lar! Será?

Nada como chegar em casa depois de um dia im(t)enso de trabalho, encostar os materiais na mesa, tomar um copo com água e esticar os braços pra cima e para os lados. Em seguida dar aquela olhadinha pro sofá em frente a TV e pensar:

- Agora eu descanso uns 30 minutinhos.

Antes de deitar no sofá vem aquela fincadinha, ali de lado:

- Opa! Deixa eu resolver este último servicinho ali no banheiro - ou como diria minha avó, na "instalação".

Poupando alguns detalhes, encerra-se esta tarefa com o silencioso, mas sempre presente:

- Ahhhhhhmmmm - de alívio.

Poderia ser o fim de um dia perfeito. Poderiiiiia. O 'Ahhhhhmmm" de alívio dá lugar ao temeroso grito de:

- Que MERDA! -

-- O que foi?

- MERDA mermão!

-- Nóóóóóó, deu MERDA mesmo, literalmente.

E lá se vão 90 minutos de pura, ou melhor, de suja batalha para furar o "gol" no time azul claro de porcelana.

E dá-lhe pressão de um lado, o "treinador" joga baldes de água fria no adversário, mas a defesa está intransponível, há momentos que parece que não vai caber todo mundo no estádio, mas tem que manter o controle, não pode deixar exceder a capacidade, senão suja tudo de vez.

Na hora do aperto todo mundo tem um palpite para o treinador, e o técnico já cansado experimenta, muda, faz alterações na tática e na estratégia.

Nos 30 minutos:

--- Saem: "Balde de Água Fria" e "Desentupidor".

--- Entram: "Cabo de Rodo" e "Mão" - esta vestida com tradicional uniforme de látex amarelo.

E o time avança, tenta em profundidade ma só tira uma lasquinha na trave, resolve então atacar duramente o adversário, é jogada de corpo, carrinho de um lado, pancada do outro e o jogo fica sujo demais e não resolve nada.

Substituição nos 60 minutos cravados:

--- Sái "Cabo de Rodo" entra "Cabide Velho Entortado", o "Mão" continua.

Esta nova dupla parece que vai dar certo, conseguem infiltrar na defesa mas o gol não sái.

O técnico pensa:

- Eles estão jogando sujo, eu vou trapacear também.

E lança mão do velho truque da "Água Batizada" para os adversários e dá-lhe vasilha d'água com soda cáustica, o jogo fica morno, meio parado, há mais tentativas de pressão com água e nada.

A torcida desanima o técnico:

-- Deixa pra lá, já era, são 85' do segundo tempo, amanhã a gente contrata um profissional.

Como se pedisse tempo técnico o treinador recolhe os jogadores mais cansados, os deixa no lixo do lado de fora da casa e volta desolado.

Mas ainda tem os cinco minutos finais e mais os acréscimos. O técnico chama o mais experiente para voltar ao campo molhado, "Desentupidor", e com todo o apoio, força e crença o coloca em campo...

- GOOOOOOOOOLLLLLLL!!! Nós vencemos!

A torcida vibra! Enquanto eu - limpo o banheiro.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Viagem 1,2,3,2,1

Hoje realmente faço uma viagem e posso dizer que uma viagem tripla. No trajeto Viçosa-BH simultâneo à trajetória sobre "O debate em torno do Capital Social: uma revisão crítica" de Jawdat Abu-El-Haj. Antes de prosseguir, uma pequena parada em "Avatar".
Muitos assitimos este filme que emocionalmente apresenta como emoções e esperança podem mudar a trajetória de uma tendência que parece irreversível pelas relações de poder ali presentes.
Determinado grupo dotado de poder de coerção e que em um auto-julgamento se consideram superiores a um outro grupo, o qual desconhecem e pretendem explorar para atender a seus próprios interesses.
A fim de conhecer melhor o grupo que pretendem explorar e seus recursos valiosos, utilizam a estratégia de infiltração. Escolhem algumas pessoas para estudarem o grupo "inferior" para se inserirem no meio deles com o intuito de facilitar a manobra de exploração de um modo que os próprios seres não percebam que o que ocorre é uma exploração e convivam com isto de forma aceitável/alienada.
Acontece que os infiltradores após conhecerem os "inferiores" percebem características no convívio social, da relação com a natureza, da sustentabilidade de suas ações, o verdadeiro sentido da vida e em contraponto à vida que levam no grupo "superior" percebem quais os valores realmente importantes.
Os invasores conscientes das suas percepções até tentam alertar o grupo de "superiores" para mudarem a idéia que têm de exploração, mas tal meio está obsecado por riquezas materiais às quais a exploração irá proporcionar.
Esta história encontra-se num limite, momento de decisão e ação de ataque coercitivo ao grupo de inferiores. Os invasores, que conhecem e experimentaram os dois lados, optam, alimentados por suas percepções e emoções conscientes de qual o modo de vida é melhor, por defender os "inferiores" sábios agentes sociais/comunitários.
O final do filme,. que sob esta ótica, traz o sentimento de esperança, de que um dia, com muita luta e consciência, o sábio modo de viver em comunidades solidárias, associativas, participativas, engajadas, justas e igualitárias, irá vencer!
Saindo desta que foi a 3ª viagem, voltando à 2ª antes que acabe a 1ª, relaciono este filme com a citada leitura, que apresenta discusões provenientes de estudos e pesquisas, que traz resultados interessantes: em que a "sociedade forte, economia forte, sociedade forte, estado forte" é alcançada através das redes horizontais de engajamento cívico, frutos de uma cultura associativa, solidária, em parceria com um estado promotor de ações coletivas cívicas, espaços públicos para a participação política.
Visualizo alguns caminhos para a vitória! As sociedades engajadas, mesmo que pequenas, devem se manter organizadas, encorajar as demais comunidades a fazer o mesmo e conscientemente lutar pela participação política, principalmente no poder local, e utilizar da suas forças e inteligência para inserirem seus membros, junto com seus ideais mais coletivos nas demais esferas do Estado (UF's e União). Do mesmo modo, aqueles "invasores" que ja estão no Estado, a partir das diversas realidades, podem se encorajar a agir em função daquelas que percebem ser as comunidades mais justas e solidárias, e promover condições para que os espaços públicos existentes se tornem mais participativos e empoderados, promover condições para o engajamento cívico onde este ainda não está organizado e trabalhar para a eliminação das políticas e ações de Estado que minam o engajamento das comunidades.
Peço que deconsiderem erros quanto ao filme pois não sou um crítico de cinema. Peço que desconsiderem as inconsitências e uso equivocado das expressões da socioplogia política pois sou ainda um estudante em busca do aprimoramento. Mas Peço, mais ainda que os dois últimos pedidos que considerem sim toda emoção que possam ter sentido, referente ao modo de consciência social mais justo, solidário, e bonito, que possam ter sentido ao ler este texto e ao lembrar dos momentos, na sua vida em que isto foi sentido fortemente e vivido, e que por algum motivo tenha sido minimizado. Busque reviver o que de melhor a vida permite: o respeito, o amor, a convivência entre pessoas solidárias, justas cuja ambições não sobrepoêm interesses pessoais aos coletivos.